segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Acompanhamento pré-natal pelo médico de família - discussão da 4a reunião

Pré-Natal
Acompanhamento pré-natal pelo médico de família – revisão da aula

Na 4ª reunião da LIMFC-UFSC, a médica de família Fernanda Lazzari Freitas presentou o tema Acompanhamento pré-natal pelo médico de família.

Para baixar a apresentação: LIMFC-UFSC Reunião 4 - Pré-natal.
Para conferir a bibliografia utilizada na apresentação: Material de apoio - Pré-natal

A realização do pré-natal na Unidade Local de Saúde (ULS) começa com sua organização – quem deve fazer o pré-natal? Qual o número de consultas?

O pré-natal de baixo risco pode ser feito por médico da atenção primária, parteiras (mais comum em outros países, no Brasil, substitui-se pelo profissional da enfermagem) ou ainda pelo gineco-obstetra. Segundo estudos, não há diferença no grau de satisfação pelas pacientes. A recomendação do número de consultas realizadas pelo MFC ou pela enfermagem não é definida pelo Ministério da Saúde.

O número de consultas preconizado para o atendimento pré-natal é de 10 para as primíparas e 7 para multíparas. O número de consultas não altera o desfecho (ou seja, não muda morbi/mortalidade), mas interefere na satisfação da paciente. No Brasil, o mínimo é de seis consultas, sendo idealmente divididas em uma no 1º trimestre, duas no 2º trimestre e três no terceiro trimestre.

Vamos agora listar conselhos importantes a serem dadas às gestantes, guiados por níveis de evidência confiáveis (mínimo de evidência utilizado: C):

·        Fumo: deve-se sempre investigar ativamente o tabagismo ao se iniciar o pré-natal. Deve-se desencorajar fortemente o hábito, devido ao risco de baixo peso ao nascer.
·        Álcool: recomenda-se abstinência durante a gestação e deve-se sempre rastrear o uso. Não há estudos que mostrem qual quantidade seria segura.
·        Amamentação: recomenda-se que se iniciem as orientações já nas consultas de pré-natal.
·        Atividade sexual: não há nenhuma relação com desfecho negativo, portanto, não há contra-indicações.
·        Atividade física: evitar atividades com alto risco de queda e trauma abdominal. Orientar 30 minutos de atividade física moderada na maioria dos dias da semana. O mergulho também é contra-indicado, pelo risco de síndrome da descompressão fetal.
·        Imersões quentes/sauna: são atividades contra-indicadas, pelo risco de má-formação do tubo neural e de abortamento.
·        Viagens aéreas e viagens longas: viagens aéreas não são recomendadas a partir de 4 semanas antes da data provável do parto. Tanto para viagens aéreas quanto para viagens longas, deve-se atentar para o risco de trombose venosa profunda (TVP).
·        Tingimento de cabelo: existe associação com má-formação. Deve-se evitar principalmente no 1º trimestre. Pode-se sugerir à paciente o uso de henna ou tinturas sem amônia.

E quais os suplementos indicadas na gravidez?

O ácido fólico, cuja suplementação é capaz de diminuir a prevalência de defeitos do tubo neural, deve ser usado até a 12ª semana (grau A de evidência). O ideal é existir uma consulta pré-concepcional, onde já se inicie a reposição antes mesmo da gravidez. A dose recomendada é de 400mcg/dia.

A suplementação de ferro, de acordo com o National Institute for Health and Clincal Excellence (NICE), não está recomendada para se fazer de rotina, pois não há benefícios e ainda existem os efeitos colaterais gastrointestinais do sulfato ferroso. De acordo com o NICE, deve-se solicitar um hemograma na primeira consulta e, caso hemoglobina ≤ 11g/dl, deve-se iniciar a suplementação. Se, ao se repetir o exame com 28-30 semanas, os valores encontrarem-se 10,5g/dl, mantém-se – ou inicia-se – a suplementação. São utilizados valores menores de hemoglobina no decorrer da gestação devido ao efeito de hemodiluição.
Entretanto, a recomendação atual do guia do Ministério da Saúde (2006) preconiza uso de 40mg/dia de Ferro elementar para as gestantes com hemoglobina ≥ 11g/dl. Se caso esteja em valores inferiores a 11g/dl, iniciar tratamento com 120-240mg/dia de Ferro elementar. No novo manual do Ministério, ainda não publicado, a nova recomendação será considerar cada caso de acordo com a região.

A vitamina A só deve ser suplementada em regiões com história de prevalência de hipovitaminose A (como ocorre em alguns locais no Nordeste, por exemplo), na dose de 5000UI/dia. Atenção para o uso de altas doses de vitamina A, que tem potencial teratogênico.

A vitamina D só deve ser reposta em locais com exposição limitada à luz, o que não ocorre no Brasil.

A suplementação de cálcio não é recomendada de rotina. Estimula-se a ingesta de 1000-1300mg de cálcio/dia. Já se foi usada para prevenção de pré-eclâmpsia. Apesar de realmente diminuir a pressão arterial e a pré-eclâmpsia, não há diminuição da mortalidade perinatal com o uso de cálcio.

O exame físico da gestante deve contemplar:
·        Peso: essencial na 1ª consulta. Importante para recomendar o ganho de peso durante a gestação.
·        Pressão arterial: não há recomendações precisas sobre a freqüência que a PA da gestante deve ser aferida, portanto, para o pré-natal de baixo risco, recomenda-se que seja verificada em todas as consultas.
·        Edema: sinal presente em 80% das gestantes. Lembrar que não é nem sensível e nem específico para o diagnóstico de pré-eclâmpsia.
·        Palpação abdominal: as manobras de Leopold, utilizadas para determinação da posição fetal, devem ser realizadas apenas após a 36ª semana, devido ao alto índice de erro quando realizada precocemente.
·        Contagem do movimento fetal: não existe recomendação para sua realização nas consultas.
·        Ausculta dos batimentos cardíacos fetais (BCF): recomendada em todas as visitas (audível geralmente após a 10ª-12ª semana de gestação), principalmente para assegurar a mãe da viabilidade fetal.
·        Altura de fundo uterino (AFU): além de se checar em toda visita, é indispensável a inserção dos valores no gráfico. É um método simples e barato para se identificar problemas. Ideal ser avaliado pelo mesmo aferidor, para diminuir erros de aferição.
·        Toque vaginal: somente se queixas ou pródromos de trabalho de parto.

As condutas de rastreamento a serem realizadas nas gestantes estão descritas abaixo:
 ·        Anemia: conforme discutido anteriormente, preconiza-se solicitação de hemograma no início do pré-natal e com 28 semanas.
·        Tipagem sanguínea (ABO e Rh): para os casos de Rh negativo, EUA e Grã-Bretanha indicam injeção de imunoglobulina Anti-D (Roghan®, Matergan®). No Brasil, recomenda-se o acompanhamento com Coombs indireto. Caso o resultado seja positivo, deve-se encaminhar a paciente para acompanhamento de pré-natal de alto risco.
·        Bacteriúria assintomática: rastrear com urocultura no início e no fim do pré-natal, pois a identificação e o tratamento da bacteriúria diminui o risco de pielonefrite. Não há consenso recomendando rastreamento com parcial de urina/urina tipo 1/EQU. No Brasil, é solicitado para rastreamento de proteinúria em suspeitas de pré-eclampsia/eclampsia.
·        Vaginose bacteriana assintomática: não deve ser oferecido, pois não há evidências de que sua identificação e tratamento sejam capazes de diminuir desfechos negativos, como trabalho de parto prematuro.
·        Rastreamento de infecção por clamídia: não há evidências suficientes de que o tratamento diminua partos pré-termo e complicações neonatais.
·        Citomegalovírus (CMV): não há indicação de rastreamento, pois não há intervenção efetiva e nem se conhecem os fatores que levam à infecção do feto.
·        Hepatite B: a solicitação do HbsAg é um importante exame de rastreamento, pois caso o exame seja positivo, há intervenção efetiva no bebê logo após o nascimento. 
·        Hepatite C: a taxa de transmissão materno-fetal é desconhecida. Não deve ser ofertado pois não se tem evidências de efetividade.
·        HIV: deve ser oferecido já no início do pré-natal. Caso negativo, repetir no 3º trimestre. O tratamento diminui 80-90% a chance de transmissão do vírus para o feto, além de permitir o preparo de medidas periparto. Lembrar que a realização do exame depende do consentimento da mãe.
·        Estreptococo grupo B: não faz parte do protocolo da rede. Sua recomendação é controversa. As escolas americanas que recomendam indicam que o rastreamento seja feito entre 35-37 semanas com cultura de secreção vaginal. Caso positivo, realizar tratamento com antibiótico durante o parto ou na ruptura de membranas, na tentativa de diminuir a infecção neonatal. O NICE recomenda mais estudos para determinar a efetividade do rastreamento.
·        Rubéola: caso a sorologia venha positiva, não há tratamento efetivo para a mãe ou para o bebê. A finalidade do exame seria para, nos casos de exames negativos e sem imunidade, atentar para risco de infecção e orientar vacinação após o parto.
·        Sífilis: o rastreamento deve ser feito com VDRL na 1ª consulta e no 3º trimestre. O tratamento é benéfico para mãe e feto.
·        Toxoplasmose: o rastreamento não é indicado nem nos EUA e nem na Europa, pois o tratamento (espiramicina) não é efetivo e não diminui as complicações fetais. O Ministério da Saúde recomenda realização de IgG e IgM. Sugere-se orientar a gestante, caso não haja imunidade, cuidados para evitar a infecção, como não ingerir carne crua/mal passada, por exemplo.  
·        Diabetes gestacional: é um dos exames de rastreamento mais controversos. A Academia Americana de Ginecologia e Obstetrícia, por exemplo, não recomenda rastreamento para mulheres de baixo risco (idade < 25 anos, sem história de alteração do metabolismo da glicose, peso pré-gestacional adequado e sem história familiar de primeiro grau de diabetes). O NICE só recomenda o rastreamento para população de risco (IMC > 30, história de macrossomia, diabetes gestacional prévio e história familiar de primeiro grau de diabetes). O rastreamento recomendado é com teste de tolerância oral à glicose (TTOG) com 75g de dextrose. O Ministério da Saúde recomenda o rastreamento com glicemia de jejum e TTOG 75g, quando alterada a glicemia de jejum.
·        Ultrassonografia obstétrica: deve ser oferecida entre 18 e 21 semanas, pela maior sensibilidade na detecção de más-formações no 2º trimestre, quando comparado ao primeiro. Deve-se sempre orientar a gestante quanto ao propósito e às implicações do rastreamento de anomalias fetais. Para a determinação de idade gestacional, a melhor época para realização do exame é entre 11-12 semanas. O Ministério da Saúde não indica o número de ultrassonografias a serem realizadas. Em Florianópolis, é oferecido um exame pela rede pública, idealmente entre 17 e 22 semanas.


Qualquer dúvida sobre o tema entre em contato através do blog ou pelo e-mail limfc.ufsc@gmail.com



5a reunião: Discussão de casos clínicos em lombalgia

A LIMFC-UFSC convida para sua última reunião do semestre, nesta quarta-feira (01/12/2010), às 18h, na sala 927 do CCS. O médico de família e comunidade e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família Gustavo Gusso volta à Liga para discutirmos os casos clínicos em lombalgia na atenção primária.

Agradecemos a atenção e aguardamos sua presença,
                                              
Caio Manfredi e Greice Batista              Paulo Poli Neto                Charles D. Tesser
Coordenadora acadêmica                       Orientador Médico             Prof. Responsável

Apoio: 
Associação Catarinense de Medicina de Família e Comunidade
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade         

sábado, 20 de novembro de 2010

Inscrições promocionais para o 2o Congresso Sul-brasileiro de Medicina de Família e Comunidade


No primeiro final de semana de dezembro ocorre o 2º Congresso Sul-brasileiro de Medicina de Família e Comunidade – Um especialista para a vida toda, na cidade de Curitiba/PR. Além de conferências e mesas-redondas, a programação conta com minicursos e oficinas, voltados para a prática médica na atenção primária (confira a programação completa: II Congresso Sul-brasileiro de MFC - Programação).

Através da nossa liga, conseguimos a seguinte promoção: com um mínimo de cinco estudantes, o valor da inscrição fica R$120 reais, um desconto de R$110 em cima do valor atual.

Se você tiver interesse, favor entrar em contato através do e-mail da liga (limfc.ufsc@gmail.com) ou pelo nosso blog.


Aguardamos sua presença!

                                              
Caio Manfredi e Greice Batista              Paulo Poli Neto               Charles D. Tesser
Coordenadoria acadêmica                      Orientador Médico             Prof. Responsável

Apoio: 
Associação Catarinense de Medicina de Família e Comunidade
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade                                                                         
             

terça-feira, 16 de novembro de 2010

4a Reunião: Pré-Natal

Liga de Medicina de Família e Comunidade (LIMFC-UFSC)
4ª Reunião: Pré-Natal

A LIMFC-UFSC convida para sua 4ª reunião, nesta quarta-feira (17/11/2010), às 18h, na sala 927 do CCS, com o tema Pré-Natal, apresentado pela médica de família e comunidade Fernanda Lazzari Freitas.



Aguardamos sua presença,
                                              
Caio Manfredi e Greice Batista             Paulo Poli Neto               Charles D. Tesser
Coordenadora acadêmica                      Orientador Médico           Prof. Responsável

Apoio: 
Associação Catarinense de Medicina de Família e Comunidade
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade                                                                   
                                                             

sábado, 13 de novembro de 2010

Dor lombar: Abordagem à lombalgia na atenção primária – revisão da aula


Na última reunião da LIMFC-UFSC, o médico de família e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) Gustavo Gusso apresentou o tema Dor lombar - abordagem na atenção primária.


Para baixar a aula: Reunião 3 - Lombalgia

A dor lombar é uma das principais razões de procura por atendimento médico, estando entre os 5-10 diagnósticos mais freqüentes. Em Florianópolis, constatou-se que é a 9ª causa mais comum de consulta médica na atenção primária. Ao se investigar a queixa de um paciente, deve-se sempre pensar nas causas mais freqüentes de apresentação dessa doença. No caso da dor lombar, a causas mecânicas, por distensão ou tensão muscular, são o principal motivo da dor (97% dos casos), que normalmente se apresenta de forma difusa e sem irradiação.

Existem alguns sinais de alerta importantes na abordagem da lombalgia: os alertas vermelhos e os alertas amarelos (confira quais são os sinais de alerta baixando a aula no link

Importante salientar que, mesmo na presença de algum alerta vermelho, o médico de família ainda pode continuar a investigação antes de encaminhar imediatamente, exceto em casos de síndrome da cauda eqüina, por exemplo.

Os alertas amarelos, por sua vez, estão relacionados à parte psicossocial e podem indicar recorrência da lombalgia. Realizar a consulta médica com abordagem da medicina centrada na pessoa é um caminho para se investigar possíveis causas da perpetuação da dor.

O trabalho freqüentemente está associado à dor lombar mecânica não irradiada. Entretanto, deve-se estar atento para não estigmatizar o trabalho, pois na maioria das vezes não há opção de trocar de emprego. Médico e paciente podem tentar, em conjunto, achar alternativas, como procurar ter algum momento de repouso durante o trabalho e estimular horas de lazer. O repouso absoluto é recomendado por, no máximo, três dias.

Além da anamnese, o exame físico voltado para a lombalgia deve ser realizados: Manobra de Schober, flexão lateral (importante para valiar espondilite anquilosante, que cursa com sacroileíte), Lasègue, palpação (indispensável no exame; a dor é mais comumente encontrada de L4 a glúteos, uni ou bilateral). Deve-se solicitar, ainda, para paciente agachar (testar L4), andar sobre os calcanhares (L5) e na ponta do pé (S1).

Considerando a causa mais comum de lombalgia - mecânica não irradiada - deve-se enfatizar as medidas não farmacológicas para o tratamento, como melhorar a relação com o trabalho, estimular horas de lazer e procurar momentos de repouso. O afastamento do trabalho é necessário em muitos casos, reforçando que o repouso por mais de três não é indicado para o tratamento da lombalgia, entretanto, o retorno ao trabalho deve ser feito de forma gradativa e avaliado individualmente. Especialmente nos casos de lombalgia recorrente, deve-se procurar discutir com a equipe multiprofissional. Importante também propiciar o retorno do paciente.

O tratamento medicamentoso da dor deve seguir a escala de analgesia recomendada pela Organização Mundial da Saúde, iniciando pelos analgésicos comuns (Paracetamol e Dipirona) e antiinflamatórios não hormonais (AINH), como o ibuprofeno. Lembrar-se sempre de explicar os efeitos colaterais das medicações.

Para resumir, portanto, os pontos mais importantes da aula são:
·        Pensar primeiro na causa mais freqüente de dor lombar: mecânica;
·        Descartar os alertas vermelhos de lombalgia;
·        Investigar os alertas amarelos de lombalgia;
·        Enfatizar a importância do manejo não farmacológico da dor lombar de causa mecânica.

Voltaremos em breve com este tema na Liga de Medicina de Família e Comunidade para discussão de casos clínicos. Qualquer dúvida, entre em contato através do blog ou pelo e-mail limfc.ufsc@gmail.com.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Próxima reunião: Dor lombar

A Liga de Medicina de Família e Comunidade convida para sua 3a reunião, na próxima quarta-feira (03/11), às 18h, na sala 927 do CCS:

Dor lombar - abordagem na atenção primária, com o médico de família Gustavo Gusso, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (http://www.sbmfc.org.br/default.asp).
 
Contamos com sua presença!
 
                   
Greice S.  Batista e Caio M. Manfredi                      Paulo Poli Neto                     Charles D. Tesser
Coordenação acadêmica (10a fase)                     Orientador Médico                    Prof. Responsável

Apoio:
Associação Catarinense de Medicina de Família e Comunidade
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Exames de Rastreamento - Discussão de casos clínicos

Olá!

Na última reunião da Liga de Medicina de Família e Comunidade (21/10/2010), discutimos diversos casos clínicos sobre exames de rastreamento.

Confira abaixo as condutas sugeridas para se tomar diante de cada situação, embasadas nos sites referências em medicina preventiva, como o US Task Force (http://www.ahrq.gov/clinic/uspstfix.htm) e o Canadian Task Force (http://www.canadiantaskforce.ca/).

Qualquer dúvida, entre em contato através do blog ou do e-mail limfc-ufsc@gmail.com


 

RASTREAMENTO (Versão com respostas e comentários)

01. Um homem de 35 anos, não fumante, não obeso, esportista, apresentou-se assintomático para uma consulta de revisão. Sua PA era de 138/86 mmHg, mantendo sua média anterior. Seu Médico de Família e Comunidade deveria orientá-lo a:

(A) uma nova medição em 6 meses, pois sua PA está muito perto de 140/90 mmHg.

(B) uma nova medição em 1 ano, pois sua PA está acima de 130/85 mmHg.

(C) uma nova medição em 2 anos, pois sua PA está abaixo de 140/90 mmHg.

(D) uma nova medição somente se e quando tiver cefaléia occipital.

(E) não se preocupar, não fixando nenhum prazo para nova medição, pois sua PA está abaixo de 140/90 mmHg.

http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf07/hbp/hbpsum.htm

Screening Intervals

The optimal interval for screening adults for hypertension is not known.

The Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure (JNC 7) recommends:

  • Screening every 2 years with BP <120/80.
  • Screening every year with SBP of 120-139 mmHg or DBP of 80-90 mmHg.


 


02. O Sr. Túlio, 45 anos, branco, ouviu de seus amigos que, como estava perto dos 50 anos, deveria submeter-se a toque retal e dosagem de PSA para avaliação prostática. Não tinha história familiar para câncer de próstata, não ingeria gorduras animais e comia tomate em todas as formas de preparação. Ele veio à consulta com uma revista que falava sobre o tema. Você como médico de família como abordaria esse caso:


 

(A) consultar um urologista.

(B) realizar ambos os testes, pois estudos mostram que 30% dos homens na faixa etária desse senhor já podem ter neoplasia prostática microscópica.

(C) realizar apenas o PSA, pois é mais sensível e menos invasivo.

(D) realizar o toque retal, pois este tem 70% de sensibilidade e 80% de especificidade, e, somente se houver suspeitas, pedir PSA com urgência.

(E) seguir sua manifesta preferência, pois não apresenta alto risco e há outros riscos em possíveis condutas invasivas posteriores diante de falsos positivos, morrendo dessa doença apenas 1 em 380 homens com histologia positiva.


 

http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/uspsprca.htm

Vídeo: http://www.ahrq.gov/audio/vidStream/clips/prostateCancer.asx


 

Summary of Recommendations

  • The USPSTF concludes that the current evidence is insufficient to assess the balance of benefits and harms of prostate cancer screening in men younger than age 75 years.
    Grade: I Statement.
  • The USPSTF recommends against screening for prostate cancer in men age 75 years or older.
    Grade: D Recommendation.


 


 

03. Uma paciente negra, 53 anos, procura atendimento médico para solicitar uma densitometria óssea por recomendação de uma vizinha que já tinha feito o exame. Ela não informa nenhum problema de saúde relevante, exceto uma dor ocasional nos quadris, que acha que pode estar relacionada à osteoporose. Na avaliação dessa senhora, verifica-se que ela teve menopausa há dois anos, não está usando nenhum medicamento e nunca foi fumante. A paciente teve três filhos e atualmente trabalha como vendedora autônoma de cosméticos de casa em casa, percorrendo longos percursos pelo menos cinco vezes por semana. O exame físico revela um IMC=32.


 

Em relação a esta paciente, considere as afirmações abaixo.


 

I - Pela história apresentada, além da menopausa e do sexo feminino, o único fator de risco identificado para osteoporose é a obesidade.

II - A densitometria óssea é o exame ideal para diagnóstico de osteoporose, devendo ser realizada em todas as mulheres dessa faixa etária.

III - O uso de alendronato não está indicado para essa paciente nesse momento.


 

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.

(B) Apenas II.

(C) Apenas III.

(D) Apenas I e II.

(E) I, II e III.


 

http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/3rduspstf/osteoporosis/osteorr.htm

Summary of Recommendation

  • The U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommends that women aged 65 and older be screened routinely for osteoporosis. The USPSTF recommends that routine screening begin at age 60 for women at increased risk for osteoporotic fractures (Go to Clinical Considerations for discussion of women at increased risk).

    Rating: B Recommendation.

    Rationale: The USPSTF found good evidence that the risk for osteoporosis and fracture increases with age and other factors, that bone density measurements accurately predict the risk for fractures in the short-term, and that treating asymptomatic women with osteoporosis reduces their risk for fracture. The USPSTF concludes that the benefits of screening and treatment are of at least moderate magnitude for women at increased risk by virtue of age or presence of other risk factors.

  • The USPSTF makes no recommendation for or against routine osteoporosis screening in postmenopausal women who are younger than 60 or in women aged 60-64 who are not at increased risk for osteoporotic fractures.

    Rating: C Recommendation.

Rationale: The USPSTF found fair evidence that screening women at lower risk for osteoporosis or fracture can identify additional women who may be eligible for treatment for osteoporosis, but it would prevent a small number of fractures. The USPSTF concludes that the balance of benefits and harms of screening and treatment is too close to make a general recommendation for this age group.

Clinical Considerations

  • Modeling analysis suggests that the absolute benefits of screening for osteoporosis among women aged 60-64 who are at increased risk for osteoporosis and fracture are comparable to those of routine screening in older women. The exact risk factors that should trigger screening in this age group are difficult to specify based on evidence. Lower body weight (weight < 70 kg ) is the single best predictor of low bone mineral density.4,5 Low weight and no current use of estrogen therapy are incorporated with age into the 3-item Osteoporosis Risk Assessment Instrument (ORAI).4,5 There is less evidence to support the use of other individual risk factors (for example, smoking, weight loss, family history, decreased physical activity, alcohol or caffeine use, or low calcium and vitamin D intake) as a basis for identifying high-risk women younger than 65. At any given age, African-American women on average have higher bone mineral density (BMD) than white women and are thus less likely to benefit from screening. Additional characteristics of screening tools are discussed in the "Accuracy and Reliability of Screening Tests" section.
  • Among different bone measurement tests performed at various anatomical sites, bone density measured at the femoral neck by dual-energy x-ray absorptiometry (DXA) is the best predictor of hip fracture and is comparable to forearm measurements for predicting fractures at other sites. Other technologies for measuring peripheral sites include quantitative ultrasonography (QUS), radiographic absorptiometry, single energy x-ray absorptiometry, peripheral dual-energy x-ray absorptiometry, and peripheral quantitative computed tomography. Recent data suggest that peripheral bone density testing in the primary care setting can also identify postmenopausal women who have a higher risk for fracture over the short term (1 year). Further research is needed to determine the accuracy of peripheral bone density testing in comparison with dual-energy x-ray absorptiometry (DXA). The likelihood of being diagnosed with osteoporosis varies greatly depending on the site and type of bone measurement test, the number of sites tested, the brand of densitometer used, and the relevance of the reference range.
  • Estimates of the benefits of detecting and treating osteoporosis are based largely on studies of bisphosphonates. Some women, however, may prefer other treatment options (for example, hormone replacement therapy, selective estrogen receptor modulators, or calcitonin) based on personal preferences or risk factors. Clinicians should review with patients the relative benefits and harms of available treatment options, and uncertainties about their efficacy and safety, to facilitate an informed choice.
  • No studies have evaluated the optimal intervals for repeated screening. Because of limitations in the precision of testing, a minimum of 2 years may be needed to reliably measure a change in bone mineral density; however, longer intervals may be adequate for repeated screening to identify new cases of osteoporosis. Yield of repeated screening will be higher in older women, those with lower BMD at baseline, and those with other risk factors for fracture.
  • There are no data to determine the appropriate age to stop screening and few data on osteoporosis treatment in women older than 85. Patients who receive a diagnosis of osteoporosis fall outside the context of screening but may require additional testing for diagnostic purposes or to monitor response to treatment.


 

UK NSC - http://www.screening.nhs.uk/osteoporosis

Osteoporosis (policy currently under review)

The UK NSC policy on Osteoporosis screening in women after the menopause

More Information

Osteoporosis is a condition that affects the bones, causing them to become thin and weak. Approximately three million people in the UK have osteoporosis, and there are over 230,000 fractures every year as a result. Osteoporosis happens more commonly in old age when the body becomes less able to replace worn-out bone. Special cells within the bones, called living bone cells, are no longer able to break down old bone and renew it with healthy, dense new bone.

» Read more about osteoporosis on NHS Choices

Policy Position

Screening should not be offered.

This policy is currently being reviewed as part of the UK NSC's regular review cycle of all policies.

The review process began in Jan 2010 and is estimated to be completed by Mar 2011.

Evidence Supporting the Policy

The UK NSC reviewed the evidence about the benefits of screening for osteoporosis, and concluded that this should not be introduced at present. NICE is currently carrying out a review of osteoporosis screening: see Osteoporosis: assessment of fracture risk and the prevention of osteoporotic fractures in individuals at high risk


 

04. Mãe com filho em idade escolar:

A Sra. Jussara, 47 anos, não era uma freqüentadora rotineira da Unidade de Saúde, mas nos últimos 3 anos aparecera umas 5 ou 6 vezes tanto para consultas de rotina sua como consultas de intercorrência de seu único filho Luciano, 8 anos. Neste dia ela veio devido a uma urgência do filho ( um quadro de resfriado) e ela fez a seguinte pergunta: "Doutor Paulo, acho que faz uns 5 anos que o Luciano não faz um exame. Acho que seria bom que ele viesse para fazer uns exames de sangue, urina e fezes".


 

  1. conduza a situação
  2. elencar os exames necessários de rotina para o Luciano


 

http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/uspschlip.htm

Summary of Recommendation

  • The USPSTF concludes that the evidence is insufficient to recommend for or against routine screening for lipid disorders in infants, children, adolescents, or young adults (up to age 20).
    Grade: I Statement.

Screening Children and Pregnant Women for Iron Deficiency Anemia

  • The U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) concludes that evidence is insufficient to recommend for or against routine screening for iron deficiency anemia in asymptomatic children aged 6 to 12 months.

    Grade: I Statement.

Iron Supplementation for Children and Pregnant Women

  • The U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommends routine iron supplementation for asymptomatic children aged 6 to 12 months who are at increased risk for iron deficiency anemia (go to Clinical Considerations for a discussion of increased risk). 
    Grade: B Recommendation.
  • The USPSTF concludes that evidence is insufficient to recommend for or against routine iron supplementation for asymptomatic children aged 6 to 12 months who are at average risk for iron deficiency anemia.
    Grade: I Statement.


 

05.- A Sra. Marisa, 33 anos entrou no consultório vindo a frente do seu esposo o Sr. Luis Inácio, 32 anos, tabagista e motoboy. A pessoa que estava agendada para esta consulta era o Sr. Luis. Ao entrar no consultório ela inicia falando da dificuldade em trazer o marido para consultar-se: "Doutor Renato, ele não vem ao médico nem amarrado!" "Parece que tem medo..". Embora pareça à vontade durante a consulta o paciente evita muitas vezes olhar para esposa e sempre fica observando a porta do consultório. Responde monossilabicamente às perguntas do médico. Em poucos minutos a esposa toma a condução da consulta e pergunta: "Doutor, ele tem que fazer um check up, ver o colesterol e se tem diabete! Todo mundo lá na empresa dele faz. E se acontecer algo?"

***Framingham - http://hp2010.nhlbihin.net/atpiii/calculator.asp?usertype=prof

http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/uspschol.htm

This topic page summarizes the U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommendations on screening for lipid disorders in adults.

Summary of Recommendations

Screening Men

Screening Women at Increased Risk

  • The USPSTF strongly recommends screening women aged 45 and older for lipid disorders if they are at increased risk for coronary heart disease.

    Grade: A Recommendation.

  • The USPSTF recommends screening women aged 20 to 45 for lipid disorders if they are at increased risk for coronary heart disease.

    Grade: B Recommendation.

Screening Young Men and All Women Not at Increased Risk

  • The USPSTF makes no recommendation for or against routine screening for lipid disorders in men aged 20 to 35, or in women aged 20 and older who are not at increased risk for coronary heart disease.
    Grade: C Recommendation.


 

06. Milene, 22 anos, com sobrepeso (IMC: 29) é acompanhada pela mesma profissional, Dra. Aline, há cerca de 4 anos. Apresenta uma boa relação com sua médica e veio nesta consulta acompanhada de uma revista. Após as saudações e outras conversas ela diz à médica: "Dra. Aline, nesta revista diz que toda mulher tem que fazer alguns exames e ir ao médico periodicamente. Aqui há opinião de especialistas famosos. Eu queria fazer esta bateria de exames que são citados aqui." "Doutora eu queria saber se eu tenho tireóide?"

Único exame: colo de útero e checar pressão (a cada 2 anos se normal)

http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/uspsthyr.htm

Summary of Recommendations

  • The USPSTF concludes the evidence is insufficient to recommend for or against routine screening for thyroid disease in adults.

    Grade: I Statement.

07. O Sr. Waldemiro, 89 anos, ex-tabagista (fumou 20 cigarros ao dia durante 20 anos, cessou há 20 anos) , asmático e DPOC, ainda anda de bicicleta, utiliza apenas uma medicação para controle de seus níveis pressóricos. Eventualmente queixa de prurido quando a temperatura esfria e tem que mexer com roupas guardadas no armário. Ultimamente tem freqüentado mais o consultório com queixas diversas que sempre se alteram (dor , "vazio na cabeça", preocupação..). Pergunta o que ele deveria fazer de rotina pois há algum tempo não faz nenhum exame.

a) que exames de rastreamento você solicitaria para o Sr. Waldemiro?

b) como você trabalharia a prevenção neste caso?

c) levante hipóteses para este aumento na freqüência de consultas do paciente com queixas inespecíficas


 

08. Você foi convidado a ser secretário de saúde do município de Orizontinópolis, uma cidade com cerca de 15 mil habitantes no sul do estado. O prefeito do município expõe que você terá toda a liberdade no trabalho com a atenção à saúde do município. No primeiro dia você descobre que não há nenhum serviço de rastreio implementado para qualquer neoplasia. No segundo dia você descobre que não tem uma verba para implementar todos os serviços que você julga necessário. Quais os serviços abaixo você optaria?

a) rastreio de câncer de mama e cólon

b)rastreio de câncer de colo de útero e cólon

c)rastreio de câncer de mama e próstata

d) rastreio de câncer de colo de útero e mama

e)rastreio de próstata e colo de útero


 

As duas respostas, b e d, seriam as mais razoáveis, mas o objetivo maior dessa questão é passar a ideia de que qualquer decisão sobre rastreio precisa levar em conta não apenas as melhores evidências científicas, mas também a custo-efetividade e a decisão política sobre onde aplicar os recursos públicos.


 

CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA ORGANIZADO

Programas Organizados X Rastreamento oportunístico 

Detecção precoce

Acesso/Equidade

Custo-efetividade 

"cereja do bolo" 

Construção da rede 

Certificação de laboratórios

Avaliação 


 


 

09. O Sr. Alcides, 80 anos, catador de berbigão, já vem sendo acompanhado pelo Dr. Germano há cerca de 8 anos. O paciente tem uma seqüela de Acidente Vascular Cerebral com uma discreta diminuição de força em dimídio esquerdo. Tem diagnosticado há 20 anos Diabete Melitus e Hipertensão Arterial Sistêmica controlados. Durante a ausência do Dr. Germano um outro colega solicitou um exame de PSA de rotina para o seu Alcides e ele vem trazer agora nesta consulta. PSA: 10,00 ng/dl

a) qual seria sua conduta frente a este exame?

b)o que orientar para o paciente?

http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/uspsprca.htm

Summary of Recommendations

  • The USPSTF recommends against screening for prostate cancer in men age 75 years or older.
    Grade: D Recommendation.


 

10. A Sra. Madalena, 46 anos, dona de casa, moradora de uma região de classe média, tem 2 filhos, sendo que um deles tem paralisia cerebral com seqüela importante, vem trazer seu exame de mamografia. Demonstra grande preocupação com sua saúde e um certo medo acima da média com doenças e de vir a adoecer. O exame não apresenta nenhuma alteração significativa (Idade de início de mamografia).


 

- Como você informaria a paciente?

- Qual seu significado do exame normal?

http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/uspsbrca.htm

This topic page summarizes the U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommendations on breast cancer screening.

Summary of Recommendations

  • The USPSTF recommends biennial screening mammography for women aged 50 to 74 years.

    Grade: B recommendation.
  • The decision to start regular, biennial screening mammography before the age of 50 years should be an individual one and take patient context into account, including the patient's values regarding specific benefits and harms.

    Grade: C recommendation.

  • The USPSTF concludes that the current evidence is insufficient to assess the additional benefits and harms of screening mammography in women 75 years or older.

    Grade: I Statement.
  • The USPSTF recommends against teaching breast self-examination (BSE).
    Grade: D recommendation.
  • The USPSTF concludes that the current evidence is insufficient to assess the additional benefits and harms of clinical breast examination (CBE) beyond screening mammography in women 40 years or older.

    Grade: I Statement.

  • The USPSTF concludes that the current evidence is insufficient to assess the additional benefits and harms of either digital mammography or magnetic resonance imaging (MRI) instead of film mammography as screening modalities for breast cancer.

    Grade: I Statement.


 

UK NSC http://www.screening.nhs.uk/breastcancer-compare

Breast cancer screening across the UK 

This table summarises the state of breast cancer screening across the home nations.

England

All women aged 50 to 70 invited for screening every three years.

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Northern Ireland

Universal offer to women aged 50 to 70 years.

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Scotland

All women aged between 50 and 70 routinely invited for breast screening.

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Wales

Breast Test Wales offers mammographic screening to women aged 50 and over every three years, and annual screening to women at increased risk from age 35 or 40 depending on risk level.

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11. O Sr. Sebastião, tem 54 anos, pescador, nativo do sul da ilha de Florianópolis. Não fuma, bebe sua cervejinha nos finais de semana com os amigos. Vem pouco a Unidade de Saúde da Tapera, geralmente a cada 2 anos para ver a pressão arterial que está sempre dentro da normalidade. Vem ao consultório dizendo: "Estou com muito medo e não tenho dormido direito pois a gordura do sangue está alta e pode afetar o coração né? Li que o normal para o colesterol é até 200 né?"

Foi sugerido iniciar medicação sinvastina devido a um colesterol total de 260 mg/dl; HDL: 60 mg/dl Triglicerídeo: 100 mg/dl ;


 


 

Risk Assessment Tool for Estimating 10-year Risk of Developing Hard CHD (Myocardial Infarction and Coronary Death) – Framingham

http://hp2010.nhlbihin.net/atpiii/calculator.asp?usertype=prof


 


 

12. A Sra. Matilde, 50 anos vem ao consultório dizendo: "Doutor eu não tenho mais plano de saúde. Todo ano eu fazia no meu plano de saúde o meu check up: mamografia e Ultrasonografia (US) transvaginal. Dr. Tenho medo de ter câncer de ovário, minha vizinha morreu de câncer de ovário".


 

O que fazer?


 

http://www.uspreventiveservicestaskforce.org/uspstf/uspsovar.htm

Summary of Recommendation

  • The U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommends against routine screening for ovarian cancer.

    Grade: D Recommendation.


 

UK NSC - http://www.screening.nhs.uk/ovariancancer

The UK NSC organised a workshop on the use of family history or genetic markers to identify a high risk group and made recommendations to the UK National Screening Committee at its meeting on 13 June 2001, based on a report of the workshop. They concluded that there is no evidence to support the introduction of a population-screening programme designed to identify people at high risk of breast or ovarian cancer, either based on asking people if they have a family history of breast or ovarian cancer or by offering a blood test for genetic mutations.