segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária
domingo, 13 de novembro de 2011
III Congresso Sul-Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade e do I Seminário Nacional de Comunicação Clínica
As inscrições já iniciaram e serão distribuidas aos 300 primeiros estudantes e residentes inscrições gratuitas (com acesso apenas a plenária principal)
Gostaríamos de convidar para acessar o site do congresso e deixar sua sugestão de tema ou palestra (até 30 de novembro 2011)
Mais informações: http://www.sulbrasileiromfc.
João Paulo Neri Garibaldi
Carina Yumi Takahashi Paulo Poli Charles D. Tesser
Abordagem à Diabetes tipo II na Atenção Primária
João Paulo Neri Garibaldi
Carina Yumi Takahashi Paulo Poli Charles D. Tesser
domingo, 23 de outubro de 2011
Confira aqui o material da última reunião: Cefaleia na atenção primária
O MFC Fabrício Casanova disponibilizou seu material sobre Cefaleia na Atenção Primária!
Confira em nossa biblioteca virtual!
Outro artigo interessante a respeito do tema está disponível no Projeto Diretrizes! Confira: Projeto Diretrizes: Cefaleia em adultos na atenção primária à Saúde: Diagnóstico e Tratamento.
Em breve, divulgaremos aqui o tema do nosso próximo encontro!
domingo, 2 de outubro de 2011
Abordagem à cefaleia na Atenção Primária
A LIMFC-UFSC convida para sua 4ª reunião do semestre, nesta quarta-feira (19/10/2011), às 18h, na sala 925 do CCS, com o tema Cefaleia na atenção primária, apresentado pelo médico de família e comunidade Fabrício Casanova, do CS Pantanal.
Confira também a apresentação sobre Obesidade na atenção primária da última reunião em nossa biblioteca virtual!
Interessados em assumir a coordenação acadêmica da LIMFC-UFSC favor entrar em contato conosco através de e-mail, Facebook ou blog, pois iniciaremos a transição de gestão a partir da próxima reunião.
Informamos a liga manterá o esquema de às primeiras e terceiras
quartas-feiras de cada mês.
Os certificados de participação na Liga estarão disponíveis ao final do ano letivo para todos os participantes que atingirem um mínimo de cinco reuniões.
Aguardamos sua presença,
Caio Manfredi e Greice Batista Paulo Poli Charles D. Tesser
Coordenadoria acadêmica Orientador Médico Prof. Responsável
Apoio:
Associação Catarinense de Medicina de Família e Comunidade
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
TRISTEZA, SENSAÇÃO DE DEPRESSÃO E PERTURBAÇÕES DEPRESSIVAS
Pessoas com sintomas proeminentemente depressivos na Atenção Primária (APS)
Confira abaixo o caso clínico que será abordado pelo médico de família e comunidade Paulo Poli em nossa próxima reunião (21/09 – quarta-feira, às 18h na sala 925 do CCS/UFSC).
A primeira questão fala do CIAP 2, que é uma classificação diagnóstica específica da Atenção Primária e usada em muitos países. Veja a versão resumida em http://www.sbmfc.org.br/media/file/ciap/CIAP2_sumario.pdf ou a versão completa no http://www.sbmfc.org.br/media/file/CIAP%202/CIAP%20Brasil_atualizado.pdf
Caso clínico
Joana, de 30 anos, é conhecida do(a) Dr(a). Emefece, que acompanha seus 2 filhos, de 5 e de 8 anos, e acompanhava seu pai que esteve acamado por um AVC e faleceu há 2 anos. Ela consultou algumas vezes para eleição de método contraceptivo e há 6 meses para inserir o Dispositivo Intra-Uterino (DIU). Joana sempre pareceu muito forte, ágil, decidida. Dessa vez chega abatida, semblante tenso e preocupado. "Dr., preciso muito da sua ajuda, não me sinto bem, já faz mais de um mês, mas agora piorou, tô muito desanimada, não consigo mais fazer minhas coisas, sinto que não vou dar conta. Se pudesse me enfiava em baixo da cama e não saía mais.." Emefece ouve atentamente, sem interromper, demonstra interesse pela sua narrativa. Joana continua: "ando muito irritada, ansiosa, brigo com todo mundo, meu marido já não me aguenta, no trabalho também não. À noite fico pensando num monte de coisas e não consigo dormir. Sei lá, Dr(a)., será que é depressão?". Emefece pensa em responder, mas se contém e Joana avança, "mas acho que pode ser do cansaço também, Dr(a)., não parei mais desde que o pai ficou doente, cuidar dele, das crianças, trabalhar fora e, agora (começa a chorar), o Rogério (o marido) desempregado."
Questões
Considerar a resposta mais apropriada levando em conta os conteúdos teóricos e os aspectos práticos específicos da Atenção Primária (APS):
1. Que diagnóstico você daria para Joana?
A. Depressão Maior de acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV), pois apresenta pelo menos anedonia, sensação de inutilidade, fadiga ou perda de energia, agitação e alteração do sono por mais de 2 semanas;
B. Episódio Depressivo Moderado, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), por apresentar 4 ou mais sintomas, como perda do interesse, humor rebaixado, diminuição da auto-estima e alteração do sono;
C. Descreveria em Análise no prontuário: "Tristeza e Sensação de Depressão (código P-03 da Classificação Internacional de Atenção Primária – CIAP 2) há aproximadamente 30 dias. Relaciona mal-estar a excesso de responsabilidade e carga de trabalho nos últimos anos e à preocupação com desemprego do marido".
D. Ansiedade generalizada (CID-10) por apresentar nervosismo persistente, irritabilidade, alteração do sono;
E. Trata-se de um transtorno misto ansioso-depressivo, já que não há predominância de um ou de outro sintoma.
2. Como você avalia a abordagem de Emefece nesse caso?
A. Péssima, perdeu muito tempo fazendo uma escuta não-dirigida e deixou de aproveitar brechas para perguntas importantes, como sobre alterações no apetite e pensamentos e intenções suicidas;
B. Excelente, não interrompeu a narrativa de Joana, manteve-se atento(a) e demonstrou interesse por sua história. Conteve o impulso de responder à pergunta sobre depressão e foi premiado com sua versão sobre o contexto do sofrimento;
C. Indiferente, em casos como esse a técnica de entrevista ou de abordagem do(a) Emefece não faz diferença. O que importa é o diagnóstico e o tratamento correto;
D. Boa, mas na sequência dessa entrevista e dos próximos encontros é imprescindível que Emefece utilize as ferramentas do genograma e do ciclo de vida familiar para obter os melhores resultados;
E. Ruim, no momento em que Joana chora, para haver uma melhor empatia, Emefece deveria ter tocado em suas mãos, oferecido um lenço e expressado que está ao seu lado para o que for necessário;
3. Como você relaciona os sintomas de Joana com seu contexto de vida?
A. Não relaciono, depressão é um transtorno neuroquímico que pode afetar qualquer pessoa em qualquer cultura em qualquer idade;
B. Não há como não relacionar já que todos os problemas de saúde são biopsicossociais;
C. A causa do sofrimento de Joana é óbvia, deve-se à perda do emprego do seu marido e à sua sobrecarga de trabalho e esse tem que ser o foco do tratamento;
D. O papel do(a) MFC não é apontar uma causa social para o sofrimento de Joana, mas ajudá-la a refletir sobre seus sintomas, o tempo de duração e o momento da sua vida;
E. Provavelmente há uma relação entre os sintomas e o contexto de vida, mas essa não é uma tarefa para o médico. Esse tema deve ser explorado por psicólogos, sociólogos, filósofos, assistentes sociais, etc.
4. Qual a melhor conduta inicial para o caso de Joana?
A. Explorar melhor a gravidade do seu sofrimento, explicar que há várias maneiras de enfrentar esses sintomas, conhecer os seus próprios recursos para essa crise e apresentar os recursos do centro de saúde e da rede de saúde. Agendar um retorno para 2 semanas e mostrar-se disponível;
B. Explicar que é uma crise normativa da sua vida e que precisa lidar com isso sozinha;
C. Encaminhar ao psiquiatra;
D. Iniciar antidepressivo, tricíclico ou inibidor seletivo de recaptação da serotonina (ISRS), e agendar um retorno para 2 semanas
E. Fazer uma abordagem familiar, chamar o esposo para discutir a carga de trabalho a que está submetida Joana e como isso tem prejudicado sua vida;
5. Quais os alertas vermelhos para o caso de Joana? Quais os riscos que podem ser evitados?
A. É um caso simples que pode ser manejado na APS sem maiores riscos e sem necessidade de apoio do psicólogo ou do psiquiatra;
B. Em todos os casos como esse há que se perguntar sobre uso álcool e outras drogas, pensamentos suicidas, sintomas psicóticos, e ainda agitação ou euforia desproporcional para descartar o transtorno bipolar;
C. O(A) médico(a) de família e comunidade (MFC), por conhecer a maioria das pessoas que atende há mais tempo, pode usar várias consultas para avaliar gravidade, riscos e necessidade de apoio da equipe de saúde mental;
D. Sintomas psicóticos, pensamento suicida e isolamento social são sintomas comuns em casos como o de Joana e melhoram com o seguimento usual;
E. Sempre se deve solicitar exames para hipotireoidismo nesses casos, não apenas quando há ganho de peso anormal, lentidão psicomotora, constipação e ressecamento da pele;
domingo, 18 de setembro de 2011
Pessoas com sintomas depressivos na atenção primária
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Osteoporose, disease mongering e prevenção quaternária
Para introduzir o tema de prevenção quaternária e disease mongering utilizou-se um dos temas mais controversos na medicina: a osteoporose. Estudos mostram que a osteoporose não pode ser classificada como uma doença, pois pode ser considerada uma consequência natural do envelhecimento.
A osteoporose é definida através do exame de densitometria óssea, com resultado menor ou igual a – 2,5 DP (desvio-padrão) do escore T (escore de densitometria de pessoas jovens), definido de forma arbitrária – não há associação entre os valores de densitometria óssea e o risco de fraturas. A osteopenia (escore T entre – 1 e – 2,5, também chamada de pré-osteoporose, foi definida de forma igualmente arbitrária. Uma em cada 2 mulheres com mais de 50 anos tem ostepenia! Um estudo holandês de 1997, publicado no British Medical Journal, mostra que a perda da densitometria óssea contribui apenas com 1/6 para o risco de fratura de colo de fêmur. Outros contribuintes são força muscular e a probabilidade de sofrer quedas. Outro estudo publicado na mesma revista, em 1999, sugere que os testes de densidade óssea não são bons preditores de fraturas e que é mais efetivo focar na prevenção de quedas.
O que pode dificultar a desmitificação da osteoporose é o grande lobby farmacêutico, responsável por financiar grupos de pacientes, exames de densitometria óssea (a Merck, primeira empresa farmacêutica a lançar medicamento para tratamento da osteoporose, financiou compra de diversas máquinas para densitometria óssea) e gastos enormes com propagandas. A media contribui com a ideia da doença osteoporose, exagerando nos benefícios das drogas e ocultando os efeitos nocivos. Em um estudo, concluiu-se que precisaria tratar com medicamentos por três anos mais de 270 mulheres com pré-osteoporose para que se pudesse evitar uma única fratura vertebral em uma mulher.
A osteoporose é um exemplo de transformação de um fator de risco para doença ou de doença desenhada para drogas. A osteoporose é, na verdade, um fator de risco (dentre tantos outros, como diminuição da força muscular e risco de quedas) para fraturas de colo de fêmur e vértebras. Entretanto, não há métodos de rastreio suficientes para se descobrir os pacientes que estão verdadeiramente sob risco maior de fraturas, nem medicamentos que poderiam diminuir esse risco de fratura. O ideal é a prevenção de fraturas através de promoção de bons hábitos de vida, como exercícios de impacto, consumo moderado de álcool, alimentação saudável, peso adequado, prevenção de quedas e cessação do tabagismo, por exemplo.
A osteoporose é um ótimo exemplo do conceito de disease mongering ou propaganda da doença, que visa alargar os limites de diagnósticos de doenças pré-existentes ou suas variantes, como criação de doenças novas – promovendo variantes do normal para doença – e apresentação de fatores de risco como doença. Por exemplo, aos 59 anos, apenas 5% das pessoas não possuem nenhum fator de risco para doença cardiovascular!
Mensagem final: Primum: non nocere (primeiramente, não fazer mal!).
Sugestão de leitura:
- Bad Science – Ben Goldacre
- Selling sickness – Ray Moynihan
Confira, em breve, em nossa biblioteca virtual, o material de apoio e o vídeo utilizado na última reunião.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Osteoporose e Prevenção Quaternária
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Confira as apresentações deste ano em nossa biblioteca virtual!
terça-feira, 7 de junho de 2011
7ª Reunião (TERÇA-FEIRA): Encontro Internacional – Medicina de Família na Alemanha
domingo, 29 de maio de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
Confira fotos e slides da última apresentação!
domingo, 15 de maio de 2011
5ª Reunião de 2011: Abordagem ao alcoolismo na Atenção Primária à Saúde
domingo, 8 de maio de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Resultado do sorteio das inscrições para o 11o Congresso Brasileiro de MFC!
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Sorteio de 2 inscrições para o 11o Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade
LIMFC-UFSC convida: Abordagem a pacientes com tontura na atenção primária
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Textos de apoio para o Encontro Internacional desta quarta-feira!
quinta-feira, 14 de abril de 2011
LIMFC-UFSC convida: Encontro Internacional com Dr. Juan Gervas
A 3ª reunião do ano da LIMFC-UFSC será com o médico de família e comunidade espanhol Juan Gervas. Dr. Juan Gervas é professor da Universidade de Valladolid, da Escuela Nacional de Sanidad, da Universidade Autónoma de Madrid, na Espanha, e da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos. Além disso, trabalha em centro de saúde espanhol e orienta acadêmicos de graduação e residentes em estágio de medicina de família e comunidade. Possui centenas de artigos publicados em revistas de referência. Confira uma entrevista com o palestrante neste link: Entrevista Dr. Juan Gervas